As Boas Práticas são fundamentos de sucesso em qualquer atividade do agronegócio. Não é diferente com a apicultura. Quando essa atividade é desenvolvida com o objetivo de gerar renda, seu retorno financeiro depende diretamente da localização dos apiários, da gestão das atividades apícolas no campo e das práticas aplicadas no manejo das colmeias, ou seja, do conhecimento que o apicultor possui sobre as abelhas. Para obter colmeias populosas, saudáveis e, consequentemente, maior produtividade e rentabilidade, é necessário que o apicultor inclua em sua rotina de trabalho as ações mencionadas, que formam a base da apicultura profissional no campo. Grande parte dos apicultores conhece a importância dessas ações para uma boa produção de mel e demais produtos apícolas, porém não as usam em sua rotina ou usam somente parte dela.
O mercado de mel brasileiro possui um grande potencial a ser explorado. O Brasil vive um momento particular no setor com considerável aumento nas exportações e, consequentemente, alta nos preços. No entanto, a oportunidade de demanda e os incrementos de rentabilidade não têm sido aproveitados pelos apicultores para elevar a volume de mel produzido no país.
Podemos e devemos crescer muito mais, a questão está diretamente relacionada à visão do apicultor sobre a criação de abelhas. Foi registrado uma média nacional de 21 colmeias por apicultor, esse número baixo indica que, para a maioria dos criadores de abelhas, essa atividade não é a principal renda de sua família, demostrando ainda um amadorismo e as vezes falta de conhecimento do potencial, ou manejo adequado para se chegar ao patamar desejado.
Grande parte do mel produzido no país vem de apicultores sem capacitação técnica e dedicação plena aos apiários. Cuidados mínimos de manejo para o incremento de sua produtividade ficam em segundo plano, tendo ainda “Apicultores” que se dedicam ao extrativismo de mel.